Não posso, porque não pudemos ficar indiferentes, a esta análise, aquela que aqui foi apresentada por um sócio da REP, dos antigos.
E também, porque eu sempre fui filiado na REP, onde me associei quando tinha ainda 17 anos de idade, faz mais de 36 anos.
Considero esta analise anterior da minha, uma apreciação competente, conhecedora das recentes realidades pelas quais a REP atravessou os últimos anos de vida associativa.
É pois sobre estes assuntos pesados, os mais profundos, que nos devemos debruçar agora. Brincámos, ridicularizámos, essas pessoas, como elas aliás mereciam, porque foram más, porque elas são mesmo más, e não são sinceras para com os associados da REP, mas chega de brincadeiras.
Deixem-se de calúnias e de ditos baixos e baratos.
Agora, mais do que antes, sabemos quais são as formas de actuar e de pensar das pessoas que se associaram com o senhor Nelson Soromenho - CT1KT, tornando-o no símbolo e no autor moral, material e ideológico da REP desgraçada, virada no mau caminho, contra os interesses nacionais, contra a elevação da IARU e do radioamadorismo plural e interdisciplinar.
Podem existir caminhos piores e melhores também. Mas foi ele, o CT1KT, que durante mais de 25 anos dominou a REP, enganando pessoas como o CT1BH e muitos outros colegas e amigos. Conduzindo a REP no sentido que ele ( CT1KT e o GPDX) entendiam que deveria ser o modelo do radioamadorismo em Portugal, mas hoje, e à guisa de balanço, os resultados estão à vista:
Convenhamos que nem tudo é hoje culpa absoluta dessas pessoas, os sócios são os principais responsáveis, porque não intervém, porque nós não possuímos competências para gerir e conduzir a REP, é isto que hoje ocorre no geral, em todo o associativismo em Portugal.
Mais recentemente, vimos no comportamento associativo do senhor Vítor Paulino, quando nos demonstra ser aquilo que é, … um homem sem personalidade, vingativo, incompetente, regimentador, uma pessoa cínica, calada, que sem olhar a meios e a consequências, ela tem vindo a afundar a REP, quebrando a total confiança dos sócios, e servindo sem limites, os antigos interesses instalados dentro da Nossa REP.
O pobre do CT1DRY assenta a sua gestão, no espirito associativo de bairro, trazendo para a REP, aquilo que ela não precisa e não pode, nem deve, dar aos radioamadores, nem de Lisboa, nem de Portugal.
A REP não é um clube local, é uma associação que deveria estar a representar, a incorporar e a servir todos os radioamadores licenciados e reconhecidos pela autoridade nacional de comunicações, no âmbito do regulamento das radiocomunicações.
Mas a REP não o faz, porque foi desviada desse desígnio nacional, teimando em sobrepor-se ao trabalho das associações disseminadas por todo o país.
Quais são pois as alternativas ?
O grande trabalho associativo, em defesa das culturas dos radioamadores, pois existem muitas, não é só o de se fazer DX, e não é só o GPDX infiltrado dentro da REP, mesmo antes da sua própria fundação, que marcam hoje as actividades dos radioamadores em Portugal, no continente e nas regiões autónomas. Existem outras !
A REP deve assumir dentro do prazo de 2 anos, o lugar de Federação Nacional.
Diminuir as suas quotas anuais para cerca de 15 Euros,
Delegar nas associações que livremente se querem confederar na IARU, as respectivas competências, de uma estrutura nacional de associações e radioamadores individuais,
Recordamos que a Constituição da República, nos confere 3 coisas fundamentais: 1) direito ao livre associativismo, 2) liberdade de associação, e 3) igualdade de deveres e direitos,
A REP (como objectivo orçamental anual) deve incorporar os radioamadores, individual ou colectivamente, com uma quota única anual de 15 Euros, onde se inclui a participação da IARU e um Bureau nacional.
Os restantes 15 Euros da quota da REP, se as associações assim o entenderem, serão parte da sua própria quotização.
Mas para a REP ser sustentável, terá de dispor de uma estrutura nacional, que custa pelo menos 30.000 Euros, e um número mínimo de 2.000 radioamadores federados. Os radioamadores passam a ser federados, mas podem ser sócios das suas associações locais, regionais ou nacionais, todas confederadas na IARU a través da confederação nacional de Portugal, a REP.
Os radioamadores que não querem estar confederados na IARU, podem filiar-se noutras organizações for a da IARU.
A TAXA de QSL, passa a ser gratuita para todos os radioamadores confederados na IARU (através da REP e das associações confederadas) até ao limite anual de 250 cartões de QSL (como exemplo, pois pode ser mais).
Acima deste número, a TAXA de QSL varia com o número de cartões remetidos para os outros Bureaus internacionais da IARU.
A recepção do QSL é gratuita para todos os confederados, e pagam uma taxa, os não federados, para minimizarem os custos de arquivo e manutenção do QSL.
A REP deve passar a sustentar comissões técnicas, que junto dela, representam os diferentes interesses nacionais, perante os órgãos da administração central e local, designadamente a ANACOM e o ministério do Interior.
A valorização cívica do associativismo nacional, deve ser cabalmente desempenhado pelas associações, em cada lugar do território nacional, incluindo as regiões autónomas.
Para os casos territoriais das regiões dos Açores e da Madeira, estes devem ser resolvidos pelos colegas de cada região e ilha. Eles tem o total direito à autonomia federativa, onde a Madeira e os Açores devem criar a sua representação junto da IARU, caso queiram. Podem associar-se ao movimento federativo do continente, nos termos em que este for exercido.
Todas as estruturas locais e regionais, tais como repetidores, sedes sociais, serviços de apoio às outras entidades, concretamente, os planos nacionais de emergência e telecomunicações de emergência, devem ser executados pelas associações de cada região ou parcela de território.
A REP deixa de possuir delegações !
Passam a existir associações confederadas na IARU através da REP, nos termos em que a lei e a constituição nacional definem o movimento associativo dos cidadãos em Portugal.
Deve ser feito um inquérito e uma séria auditoria técnica e financeira, para se determinar aquilo que de facto foi roubado à REP, assim como os danos causados à REP, por peculato e abuso de poder durante estes últimos 30 anos, por associações infiltradas na REP, e os seus responsáveis, devem ser afastados pelo castigo máximo, a expulsão da REP.
Também devem ser reparados os danos morais causados a terceiros pelos sócios e estruturas da REP, com origem na calúnia criminosa.
Quando apresentam aos sócios da REP, matérias mais complexas, e que não sejam, denegrir pessoas, sócios ou directores da REP, eles ficam todos estáticos, já não sabem falar ?
São assim os radioamadores de Portugal, gostam é da peixeirada !
O post do ex presidente é para reflectir. Toda a gente sabe que deverá ser mais ou menos assim o futuro da rep e do radioamadorismo em portugal. Necessário seria que alguém encostasse a barriga ao balcão e convocasse uma extraordinária, sim vão a votos e alterem o que houver para alterar, mas apareçam, sim? Por ser de reflecção é que não há peixeirada neste post, a não ser a do zé pequeninho.
São crescentes, as correntes de opinião, os grupos de cidadãos portugueses, que ainda tem de lutar pelos mais elementares direitos e deveres de cidadania, ou que se tentam organizar, segundo os modelos associativos da União Europeia, onde se observam o funcionamento de estruturas federativas nacionais, que no quadro da IARU (a federação mundial das associações de radioamadores), tentam conferir maior acompanhamento e representatividade aos assuntos dos radioamadores reconhecidos (segundo o regulamento das radiocomunicações anexo à convenção internacional de telecomunicações da UIT, e de que o estado português é signatário).
Li com surpresa, os seguintes comentários, que passo a transcrever (os quais eu subscrevo, e cuja reflexão agradeço ao seu autor);
Tanto mais porque eu estou filiado na REP, desde a minha adolescência, hoje tenho 53 anos de idade, e por isso, estes pontos de vista, e estes factos associativos e estruturais, me suscitam naturais preocupações, em termos daquilo que a REP nunca soube ser, nem soube conferir em igualdade, aos Amadores de Rádio de Portugal.
Antes de 1974, a REP impunha as regras ditadas pelo regime fascista, depois de 1974, a REP impõe as regras ditadas e sabotadas por alguns dirigentes (de nomeada), cujo comportamento cívico, e competências culturais, são bem conhecidas de todos nós.
(...) ... todos nós Radioamadores, devemos parar para reflectir e sobretudo agir.
Pensar nos últimos anos do associativismo, e essencialmente nos últimos anos da REP.
Como é possível numa sociedade civilizada, homens com responsabilidades familiares, profissionais e corporativas, terem atitudes ditatoriais de inquisidores, como alguns dirigentes da REP as assumem.
Toda a mentira que tem sido pregada aos ventos pelo Presidente da Assembleia Geral da REP (CT1AES), que é incapaz de admitir os seus erros, as suas traições, que desdiz as suas próprias palavras ... a custo de quê ?
Toda a farsa em que continuamente a REP se vê envolvida, pelos seus Dirigentes, nomeadamente agora pelo CT1DRY, um dirigente incapaz de explicar as suas razões, mas sempre apto para nas costas dos seus pares, em cometer as maiores traições, a faltas de lealdade e coesão executiva !
Penso que no Radioamadorismo somos um pouco aquilo que somos na vida !
Começo a compreender os lamentos e a tristeza de alguns, perante aquilo que tem sido no Radioamadorismo português, aquele que deveria ser o maior exemplo, da associação portuguesa filiada na IARU, a REP.
Por tudo isto: 1) compreendo a revolta de alguns, 2) entendo o afastamento de muitos (de 4.800 radioamadores).
Lamento que entre nós, homens e radioamadores, existam aqueles que unicamente e a custo do necessário, sem olhar a meios e fins, pretendem dar azo à sua, má formação humana, e fazerem prevalecer as suas e de outros (maldade humana), actuando escondidos na sombra da inquisição, escondendo a verdade e a legalidade, fazendo as suas "leis".
Só posso concluir: - que tristeza, Radioamadores de Portugal ! (...)
E assim, entre ditos e desmentidos (mais ou menos conservadores), que temos a REP, a representar de facto (entre os 5.300 radioamadores portugueses licenciados pela ANACOM), não mais do que 600 sócios, pois são estes afinal, aqueles que pagam anualmente as quotas da REP e que contribuem em Portugal, para o federalismo mundial da IARU.
Em conclusão, e para memória futura:
Como poderemos desejar que a IARU possa representar 5 mil cidadãos nacionais junto da UIT, quando por exclusão da presente direcção da REP (que ostensivamente ignora) a) os protocolos celebrados, b) as 50 associações legalmente constituídas em Portugal, e c) exclui os radioamadores (os próprios associados da REP) todos aqueles que são residentes nas diferentes partes do território nacional, de poderem participar na vida colectiva do Radioamadorismo português.